ONIMUSHA foi um dos primeiros lançamentos da CAPCOM para a Playstation 2, num catálogo que também incluía o irresistível DEVIL MAY CRY, uma dupla de jogos que assegurou a estreia da companhia japonesa no mercado mundial. Enquanto que os dois primeiros episódios beneficiavam de uma enormidade de cenários pre-render na linha de RESIDENT EVIL, a terceira parte apostou no 3D de perspectivas fixas, atingindo um bom resultado. Não obstante, é de crer que o núcleo do impacto visual desta obra reside na grandiosa introdução: de uma qualidade marcadamente superior às restantes sequências CG vistas através do jogo, a intro de ONIMUSHA 3 sugere uma grande concentração de fundos e talento numa só sequência de abertura triunfal.
Takeshi Kaneshiro, actor de cuja imagem foi esculpido o herói Samanosuke, defronta o temível vilão Gargant num templo erguido sobre as costas de um colosso em movimento. Quer a representação digital de Kaneshiro, um notável trabalho de facial mapping, quer a qualidade exímia da animação, coreografia e dinamismo das câmaras em que toda a cena é enquadrada deixam a forte impressão de que a ROBOT é uma das mais talentosas criadoras de filmes digitais da actualidade.